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sexta-feira, 21 de março de 2014

Climatização e Ambientação da Campanha (Parte 2)

Falaê aventureiros!

Neste post eu vou finalizar esta parte tão importante para uma narrativa!
Até então eu só falei da questão de aprimorar a narrativa, de criar uma ambientação menos superficial, mais rica e visual!
No entanto, usei apenas exemplos, as dicas estão aqui para vocês:


1 - Contato com filmes, livros e games!

Você pode ser O MESTRE dos RPGs. Pode sacar leras do sistema e do mundo em q vc vai narrar. Mas... lembra do mini cachorro quente que eu falei na primeira parte desta matéria? pois é... coloca uma mostarda nele e um bacon p ficar show! heheheheh.

"O que vc quer dizer com isto?"

Simples!
Jogue video game/pc, leia bastante, pesquise sobre eventos históricos, lugares e outras coisas que tiver interesse, assista filmes de todo tipo que curtir. 
ENRIQUEÇA sua bagagem cultural!
Isto vai encher a sua cabeça de idéias, vc vai se apaixonar por alguns cenários, tramas, características de personagens, e vai te servir de inspiração na criação de elementos de sua crônica!


2 - Música durante o jogo

Abra seus ouvidos para tudo que contenha uma trilha sonora!
Trilhas de jogos, animes, filmes e desenhos são excelentes para se criar um clima diferente.
Separe pastas com músicas de batalha, músicas de cenas de ação, músicas épicas, de descontração, suspense, drama... ou então separe-as pelo nome das trilhas sonoras mesmo. 
Independente de como use as músicas, NÃO deixe elas faltarem em seu jogo. O clima da narrativa, a emoção dos jogadores, toda a emoção será elevadoa durante a sessão.





3 - Mude a voz

Ultimamente não tenho visto isto em algumas mesas, tanto por parte de jogadores quanto por parte de mestres.
É algo essencial para que a trama ganhe mais sabor!
Os personagens têm personalidade, têm características, têm o poder da VOZ acima de tudo!

Ninguém imagina que o terrível Rei Orc tenha a voz de um adolescente de 15 anos ¬¬ dá um desconto né!
Dê aquela pigarreada, faça uma voz gutural e solte sua alma na interpretação!
Além do tom da voz, dê um charme nela, dê uma característica facial no npc/personagem.

Ele costuma falar sonhadoramente, distraído, com um ar leve? 
Ele é o Rei Orc? ele torce o rosto todo quando fala?
RPGistas excepcionais fazem isto sempre. O personagem é mais que um pedaço de papel!

Uma dica excelente para o mestre também é usar entonações diferentes para momentos diferentes!

"Como assim?!"

- A cena é de suspense? 
Fale baixo, arraste sua voz... uma voz baixa faz com que todos se calem e prestem MUITA atenção no que está dizendo.
- É uma cena em uma descontraída taverna? 
Fale alto e alegremente, vc passará sensação de liberdade e aconchego para os jogadores.
- A cena é um drama? 
Use uma voz suavemente sinistra, carregue o sentimento na fala e enfatize palavras que devem ser destacadas na cena.

Estas são apenas algumas dicas que irão enriquecer seu jogo!
Use-as e comprove os resultados.
É assustador como o seu RPG pode melhorar quando vc coloca "a mostarda e o bacon" no mini cachorro quente.

Abração e até a próxima!!



quinta-feira, 20 de março de 2014

RPG em Belo Horizonte

Falaê Aventureiros e Nerdaiada!
Prometo que em breve, o canal do Hobbit Café aparecerá!
Mas por enquanto, acho muito válido recolocar este vídeo em evidência.
Afinal de contas, o cenário do RPG em Belo Horizonte tem crescido muito!
Minha proposta é postar este vídeo neste momento, e em breve fazer um vídeo "parte 2" mais atualizado.
Por enquanto é isto =D


Um Abração do Hobbit!

terça-feira, 18 de março de 2014

Climatização e Ambientação da Campanha (Parte 1)

Falaê aventureiros!

Infelizmente este assunto rende muito texto, e como acredito que muitos aqui estão esperando uma coisa mais tranquila, vou dividir este post, para facilitar a leitura.

Estou trazendo até vocês um dos pilares mais importantes no papel de uma campanha de RPG.
Algo que depende completamente do mestre, e que através dele irá surtir um efeito épico na mente dos jogadores, fazendo com que a campanha seja lembrada por eras e eras.

Este é o pilar da Climatização & Ambientação!

Depois de certo tempo, até mesmo os mestres mais experiêntes podem se deixar levar pela praticidade e "mecanicidade"(?) das coisas. Fazendo com que sua campanha, mesmo tendo uma excelente trama e personagens (NPCs) envolventes, se perca na cabeça dos jogadores, que passam a ver a campanha apenas como um jogo e não como uma história.

Mas como assim, tio Hobbit?!

Bom... vamos começar usando um exemplo, e daí pra frente eu irei desenvolver a postagem.
Então se prepara aí, pegue os óculos de leitura, abra aquele pacotão de Doritos, uma coca bem gelada e vamo lá!

"Ao fazer a narrativa em uma campanha, o mestre, guiando os jogadores pelo universo obscuro do RPG Trevas (Editora Daemon) descreve uma cena em que os jogadores estão no mundo dos sonhos (O Sonhar), e acidentalmente entram num reino de pesadelos."
Silent Hill Shattered Memories

Como VOCÊ descreveria esta cena? 
Como o mestre mecanizado ou como um contador de histórias?

Ao descrever esta cena, o mestre mesmo experiente, mas mecanizado, faria algo como:

"Há um espelho velho e cheio de teia na sala. Pelo mapa que estão usando, a passagem é por ele. - Após os jogadores tomarem a decisão de entrar, o mestre segue. - Vocês passam pelo espelho, e ao chegar do outro lado se vêm num mundo escuro e terrível. São capazes de ver criaturas horrendas ao longe, indo para lá para cá. Há um vento que não pára, levantando muita poeira. Vocês percebem que estão num reino do pesadelo!"



E então? Ruim?
Discordo. Ele fez o essencial! 
Deu uma visão aos seus jogadores, foi rápido e a partir disto os jogadores já sabem que estão em um ambiente hostil e que devem ser cuidadosos.
Mas... percebe que falta algo a mais?...
É como ir numa festa de aniversário e faltar aquele mini cachorro quente!

E é para isto, meus caros aventureiros, que servirá este post. 
Para colocar mini cachorro quente na barriga de seus jogadores!

Um mestre experiente e cuidadoso, com imaginação fértil, sem pressa e sem medo de arriscar no uso das palavras, descreveria A MESMA situação de forma diferente. Soaria como:

"Nesta sala rústica, repleta de livros antigos, mesas e estantes de madeira podre, com janelas tão embaçadas que mal a luz de fora é capaz de penetrar, vocês encontram um velho espelho ricamente decorado. Lembra muito um artefato do renascentismo, com bordas de madeira e diversas curvas. Ele está completamente empoeirado, descuidado, repleto de teias de aranha, como se não o tocassem há séculos. Pelo vidro é possível ver que ele exala uma calma energia púrpura que bruxuleia. Notem que de acordo com o mapa que vocês carregam, este é o caminho que devem seguir. - Os jogadores tomam a decisão de entrar - Ao passar pelo espelho, vocês são tomados por sensações muito desagradáveis... Náuseas, dores de cabeça, calafrios, vista embaçada, o som de tudo está muito distante, como num desmaio, e o pior de tudo... vcs são tomados por uma onda de medo!  - O mestre pede um teste que reflete na coragem dos personagens. - Após recuperarem os sentidos e a lucidez, vocês conseguem vislumbrar a manifestação do horror. Um panorama infernal se abre á frente, carregado de árvores retorcidas, lagos escuros e lamacentos, folhas secas ao chão são espalhadas por um vento gelado que fazem vocês tremerem dos pés à cabeça. À distância, vocês passam a ver algo que os fazem gelar, mas de pavor. Existem criaturas ao fundo, elas se movimentam completamente sem rumo, não são criaturas comuns, não são monstros como os que vocês enfrentaram anteriormente... são a própria manifestação de seus maiores medos, dos mais terríveis pesadelos, e é por ali, que todos vocês deverão passar. Preparem-se para enfrentarem seus maiores medos... literalmente!


Notou a diferença?
E Então, que narrador você é?

FIM DA PARTE 1

segunda-feira, 10 de março de 2014

Pulse - Vale ou não a pena rolar?



Aventureiros e nerdaiada!
Hoje, estou trazendo até vocês uma experiência que tive. Um tanto quanto tardia, confesso, mas não deixou de ser fantástica!

Hoje o projeto em que trabalho durante a semana (Escola Integrada.) recebeu a visita de Encho Vinícius Chagas! 
Convidado para apresentar sua obra vencedora dos prêmios Game Chef Brasil 2013, Game Chef Worls Champion 2013 e Dragão de Papel como melhor RPG nacional de 2013. Encho nos levou o tão aclamado Pulse! Um jogo de se contar histórias.

Antes fosse algo tão simples para se definir.
A verdade é que pulse assume um estilo muito simples e mecânica de rápido entendimento. Mas que ao evoluir o jogo, ele se torna uma imensa teia de informações repleta de questionamentos, respostas e eventos se cruzando uns com os outros.

A proposta do jogo é bem direta e de rápido desenrolar. Em resumo, é um RPG onde não há mestres nem jogadores, todos são criadores de histórias que se ligam (ou não) em uma linha temporal, de certa forma criando uma linearidade onde se é possível contar uma história no final.

É um jogo muito prático e pode ser facilmente jogado por pessoas que nunca jogaram RPG antes. Inclusive é um excelente jogo para pessoas que não necessariamente procuram RPG, ou que buscam uma mecânica completamente diferente e inovadora.

É o tipo de jogo que dá para se reunir uma turma de amigos ou até mesmo a família para participar.
Certamente foi uma experiência espetacular. Nos faz pensar que o RPG clássico é realmente muito bom, mas existem inúmeras maneiras de se contar histórias, sem perder a diversão e exercitando muito sua criatividade.

Encho trouxe para o cenário brasileiro de RPG uma obra prima!
Certamente é um jogo não só rodeado de prêmios, mas também de admiradores, e agora de novos fãs, um público que está começando a entrar no mundo do RPG, que já de cara se depararam com o que você nos apresentou de melhor:
Um jogo de se contar histórias pode fugir muito do RPG convencional!

Um excelente trabalho!!
Recomendado demais =D

Vocês podem adquiri-lo no site da Kobold's Den

Muito obrigado pela prazerosa visita, Encho!
O Hobbit e toda a turma do RPG da Escola Municipal Paulo Mendes Campos agradece sua vista!
Um abração do Hobbit e até a próxima!!


terça-feira, 4 de março de 2014

Vampiro: A série

Falaê Aventureiros e Nerdaiada que tá fazendo o carnaval em casa o/
Para estrear a coluna de convidados, estou trazendo aqui para vocês uma incrível matéria sobre a série Kindred: The Embraced, escrita por Ívina S.G.
Divirtam-se!!


E aí galera! 

Vocês devem estar se perguntando "O que um post sobre séries tá fazendo em um blog de RPG?!" Nada a ver, certo? Errado!! Os seriados são excelentes modelos de referência nos jogos de RPG. Pensem nas semelhanças: cenários, tramas, armadilhas, histórias, investigações, aventuras, músicas e personagens. Vocês possuem uma gama imensa de referências que podem ajudar em todos os âmbitos de um jogo, desde o Mestre aos Jogadores. Um seriado pode ser comparado a um campanha de RPG, ele possui uma trama de fundo, com personagens principais e secundários, episódios que podem ou não ser quests individuais e em muitos casos, um chefão que passa as missões, além dos superpoderes que ocasionalmente aparecem e logicamente, o up nos personagens com o passar das temporadas, que é o nosso estimado e precioso XP.
Então amigo, percebeu uma mera semelhança? Se sim, continue lendo porque esse post vai te interessar muito.

Kindred: The Embraced
Depois de muitas horas pensando qual seria a primeira série que eu iria falar, creio ter chegado na dica perfeita, Kindred: The Embraced.

Que seriado poderia ser melhor pra falar de RPG do que um baseada em um dos livros mais famosos de RPG?! Pois é, pra quem não sabe Kindred: The Embraced é um seriado baseado nos livros de Vampiro: A Máscara, produzido pela John Leekley Productions e Spelling Television com participação de Mark Rein-Hagen, que foi ao ar em 1996 pela FOX.

A trama se passa na cidade de São Francisco e gira em torno do detetive humano Frank Kohanek (C. Thomas Howell), o Príncipe Ventrue Julian Luna (Mark Frankel), a jornalista humana Caitlin Byrne (Kelly Rutherford), a sobrinha de Julian, Sasha (Brigid Brannagh), o detetive kindred Sonny Toussaint (Erik King) e os membros da Primigênie: a Toreadora Lillie Langtry (Stacy Haiduk), o Nosferatu Daedalus (Jeff Kober), o Gangrel Cash (Channon Roe), o Brujah Eddie Fiori (Brian Thompson) e o Ventrue Archon Raine (Patrick Bauchau). Cada episódio tem sua história individual mas algumas tramas permanecem durante toda a série, como a rivalidade entre o detetive Frank e o empresário Julian e a constante tentativa de Fiori de tomar o trono do Príncipe e controlar a cidade.



A série em geral é bem fiel aos livros de Vampiro: A Máscara, a cidade de São Francisco é controlada pelo Príncipe e seu Conclave (Primigênie), que são responsáveis pela proteção do maior tabu vampírico: A Máscara(1). Outros pontos em comum com os livros se destacam: a existência do Frenesi; a constante possibilidade da guerra entre os clãs (Jyhad); o uso de certas Disciplinas como Dominação (uso diferente do livro, não é necessário contato visual ou palavras), Presença, Auspícios e Metamorfose (Fundir-se com a terra_Nível 3, virar lobo ou aves de rapina_nível 4); a Morte Final e o Abraço(2).



Julian e Lillie
O início da trama se desenrola com a descoberta dos Cainitas pelo detetive Frank Kohanek, amante da Kindred Alexandra Serris que sofre uma Caçada de Sangue(3) por quebrar a Máscara ao revelar sua verdadeira natureza para Frank, assim começa a guerra particular entre o Príncipe Julian e o detetive, que tenta revelar a existência dos vampiros todo o tempo. Durante toda a série paira uma constante atmosfera de traições, conspirações e brigas sempre visando o lado social. As cenas de ação são poucas e creio que a limitação no uso das Disciplinas deve-se à dificuldade da época em fazer bons efeitos especiais.  

Mas como nada é perfeito algumas coisas foram alteradas ou inventadas para se adaptarem melhor ao roteiro da série. Uma diferença gritante é a possibilidade dos Kindreds saírem de dia e ficarem exposto à luz do sol, sem nenhum problema, se tiverem bebido sangue na noite anterior. Outra adaptação não muito feliz foi a aparência dos Nosferatus, são extremamente humanos, com feições e corpo normais, se destacam apenas pela inexistência de cabelo e pelas orelhas alongadas, além de algumas veias sobressalentes na cabeça. Algumas explicações também se perdem no meio da história, como o Laço de Sangue(4) e a criação de Carniçais(5) e principalmente o uso das Disciplinas. Parece que todos os vampiros são capazes de usar Presença e Dominação, além possuírem Metamorfose (todos se transformam em lobos), enquanto a Ofuscação foi apresentada como Disciplina específica dos Assamitas. Grande detalhe é a incrível capacidade que todos possuem de ingerir alimentos e bebidas como humanos. Algumas coisas também faltaram no enredo como a existência de Gerações, da Camarila, do Sabá e de outros clãs.

Pra finalizar, uma referência que eu não poderia deixar passar, a presença romântica e idealizada que sempre acompanha os romances da Anne Rice. Grande parte dos Cainitas da série possuem o eterno amor platônico dos vampiros pelos mortais e sua busca pela humanidade e prazer.

Bom, é isso aí galera! Espero que tenham gostado! O post ficou um pouco maior do que eu pretendia e eu ainda podia escrever mais uns 4 parágrafos, mas acho melhor encerrar por aqui. Aconselho demais que vocês vejam essa série! Até mesmo pra quem nunca jogou Vampiro: A Máscara e nem pretende jogar, é uma história envolvente e viciante.



Um beijão pra vocês e até a próxima!

Conclave
1 Lei Cainita que proíbe seus membros de revelarem sua verdadeira natureza.
2 Ritual de transformação em vampiro. 
3 Ritual que escraviza emocionalmente um indivíduo.
4 Ser que se alimenta de sangue vampírico e adquire características sobrenaturais.
5 Um vampiro é condenado a Morte Final pelo príncipe da cidade e é caçado pelos outros cainitas.

Curiosidades:

  • A série foi cancelada pela Fox com apenas 8 episódios devido a baixa audiência. Posteriormente a Showtime adquiriu os direitos do programa e planejou continua-la, porém o ator  Mark Frankel (Julian Luna) morreu em um acidente de moto em 1996 e assim o projeto foi deixado de lado;
  • Após o cancelamento da série nenhum outro episódio foi produzido. Os oito episódios foram lançados em VHS e em DVD em 21 de agosto de 2001;
  • Mark Rein·Hagen, um dos produtores de Kindred: The Embraced, é o autor da série de livros Vampiro: A Máscara, Lobisomen: O Apocalipse e outros títulos pertencentes ao World of Darkness;
  • Todas as mudanças na série foram aprovadas pela White Wolf e por Mark Rein·Hagen.

    Mark Frankel (Julian Luna)
  • Há boatos de que a personagem Toreadora Lillie Langtry foi baseada em uma atriz real de mesmo nome, famosa na alta sociedade londrina do fim do século XIX pela sua beleza e inteligência. Conhecida também pelos seus diversos casos amorosos que incluem dois príncipes;
  • Mark Frankel fez diversos trabalhos na TV, dentre eles o filme A Season of Giants onde interpretou Michelangelo. Em 24 de setembro de 1996 Frankel morre em um acidente de moto, enquanto pilotava seu orgulho, uma Harley Davidson;
  • Outros boatos dizem que na possível 2ª temporada  elementos novos iam ser introduzidos, como os Malkavianos, Tremeres, lobisomens e o Sabá;
  • A série foi filmada nas cidades de Los Angeles, São Francisco e Fillmore, na Califórnia;